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Uma “pandemia de gastos públicos”. Esta é a conclusão dos deputados do grupo PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento) ao verificarem, na tarde desta terça-feira, 2, o atendimento a pacientes da Covid19 nos hospitais do município de Ibiúna, no interior de São Paulo.

 

Ao custo mensal de R$ 1,3 milhão, o hospital de campanha foi erguido sob uma tenda precária, apresenta infiltração, áreas descobertas e espaços vazios que deveriam abrigar leitos, um exemplo de desperdício e má gestão dos recursos públicos.

Desde que foi inaugurado, em 27 de abril, o hospital atendeu 30 pacientes e registrou dois óbitos. Atualmente, dos 26 leitos, apenas 8 estão ocupados. A estrutura gerida pelo Instituto de Gestão, Administração e Treinamento em Saúde (IGATS), conta com quatro médicos e 20 profissionais da saúde.

 

Próximo do local, o hospital municipal de Ibiúna tem 60 leitos, sendo 7 para Covid, e também está vazio. A diferença é que neste equipamento, os recursos são bem mais escassos. O hospital, que é mantido com cerca de R$ 800 mil mensais tem estrutura precária e seus profissionais estão com salários atrasados, segundo apurado com trabalhadores que terão identidades preservadas.

 

Os deputados constataram, mais uma vez, investimento desnecessário em hospital de campanha que, passada a pandemia, não continuará servindo a população. O caso será levado ao Ministério Público.

O grupo PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento) tem o objetivo de prestar contas à população dos gastos públicos com total transparência e respeito. É formado pelos deputados Sargento Neri, Márcio Nakashima, Coronel Telhada, Adriana Borgo, Letícia Aguiar, Coronel Nishikawa, Ed Thomas, Conte Lopes e Tenente Coimbra. Denúncias em www.grupopdo.com.br.